Alta da SELIC: Por que subiu, impactos e como lucrar com a renda fixa

Alta da SELIC: Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic para 14,25% ao ano, o maior nível desde 2016 (CNN Brasil). Esta decisão visa enfrentar desafios econômicos, especialmente o controle da inflação, e tem impactos diretos na vida dos brasileiros e nas oportunidades de investimento.
Motivos para a Alta da SELIC
A principal razão para o aumento da Selic é o combate à inflação persistente. Em fevereiro, a inflação anual atingiu 5,1%, superando a meta do Banco Central de 3% (The Wall Street Journal). Fatores como a resiliência da atividade econômica e pressões no mercado de trabalho contribuíram para a manutenção de expectativas inflacionárias elevadas, exigindo uma política monetária mais restritiva.
Além disso, incertezas fiscais e a percepção sobre a sustentabilidade da dívida pública influenciam as expectativas de inflação. O Copom destacou que a falta de soluções para as contas públicas e a desancoragem das expectativas inflacionárias exigem uma postura mais cautelosa na política monetária.

Impacto da Selic na vida do brasileiro
A taxa Selic serve como referência para diversas taxas de juros na economia, afetando diretamente o custo do crédito e o retorno de investimentos em renda fixa. Com a Selic mais alta, empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais caros, desestimulando o consumo e investimentos por parte das empresas. Por outro lado, aplicações em renda fixa tornam-se mais atrativas, oferecendo retornos superiores com menor risco.
Como aproveitar a Alta da SELIC para investir em renda fixa e títulos do Tesouro
Investidores podem se beneficiar do cenário de juros elevados ao direcionar recursos para produtos de renda fixa, que passam a oferecer retornos mais competitivos.
Títulos do Tesouro Direto
O Tesouro Direto oferece opções como o Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+. Com a Selic em alta, o Tesouro Selic torna-se uma opção interessante para investidores que buscam liquidez e segurança, já que seu rendimento acompanha a taxa básica de juros. Para objetivos de longo prazo, o Tesouro IPCA+ é atrativo, pois oferece uma taxa prefixada além da inflação, garantindo poder de compra ao longo do tempo.
Além disso, ainda é possível fazer a compra de títulos para ganhar na marcação a mercado.
CDBs e Debêntures
Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e debêntures também se destacam em um cenário de Selic elevada. Esses instrumentos oferecem retornos superiores aos da poupança e podem ser uma alternativa interessante para diversificar a carteira de investimentos. No entanto, é essencial avaliar o risco de crédito das instituições emissoras e alinhar os prazos dos investimentos aos objetivos pessoais.
Fundos de Investimento em Renda Fixa
Fundos que investem em títulos públicos e privados de renda fixa tendem a se beneficiar do aumento da Selic. Esses fundos podem proporcionar rendimentos atrativos, mas é fundamental analisar as taxas de administração e a composição da carteira antes de investir.
O que esperar do futuro?
É importante lembrar que o brasil é um país que possui tradicionalmente altas taxas de juros. A média da inflação no país desde o plano real em 1993 gira em torno de 5,5%, o que garante uma alta taxa selic para controle da inflação.
Contudo, é perceptível que nos últimos anos o aumento dessa taxa tem impactado muito na vida dos brasileiros. E aparentemente segundo o Banco central, essa taxa deve permanecer em alta por mais algum tempo, tendo em vista que após o anuncio do aumento da taxa para 14,25% o BC já deixou claro que haverá uma nova alta na próxima reunião do COPOM.
Considerações Finais
A elevação da taxa Selic para 14,25% ao ano representa uma medida do Banco Central para conter a inflação e estabilizar a economia. Para os investidores, este cenário oferece oportunidades interessantes na renda fixa e em títulos do Tesouro. É crucial alinhar os investimentos ao perfil de risco e aos objetivos financeiros, aproveitando as oportunidades que surgem em períodos de juros elevados.
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